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Histórico

V Encontro

Família Judaica promoveu quinto Encontro Internacional com mais de 5 gerações

Realmente não é corriqueiro ver-se reunidos com regularidade mais de 200 membros de uma família envolvendo até 5 gerações.”(Vitalis Moritz, um dos primeiros idealizadores do evento).


O Sonho...

Unirmo-nos todos em torno de nossa história e dos fatos que nos são comuns, dos nossos costumes, conhecermos mais sobre cada um, e continuarmos a nos relacionar como uma Mishpachá com M maiúsculo, tudo com respeito aos nossos preceitos religiosos.


A História...

Os netos de Avraham e Roize Kasjusz eram, na Polônia, primos muito unidos, pois seus pais se relacionavam muito bem e era intensa a convivência familiar. Quando emigraram para o Novo Mundo (alguns deles vieram com os pais, outros os trouxeram depois) na década de 20 e 30 do século passado, mantiveram e solidificaram aquela união que foi uma das características da sua vida na Europa. Suas comemorações, fossem de alegria ou de tristeza, eram ocasião de estarem juntos, eles e seus descendentes (a maioria já nascidos no Brasil), fortalecendo os laços familiares. E nestas ocasiões, a partir do início da década de 80, alguns dos seus filhos, bisnetos de Avram e Roize que desde o tempo de sua juventude se relacionavam, começaram a falar, quando se encontravam, da necessidade de que a família se reunisse com regularidade, em reuniões especialmente programadas. Que permitissem estarem todos os familiares juntos por mais tempo, vivenciando assuntos de interesse comum, em especial os relacionados com a família.
“Dentre as minhas lembranças, ocorre a visita que tivemos em nosso sítio, por volta de 1997/98, dos primos cariocas Vitalis, Suzana, Regina e Alberto Moritz, que nos relataram sobre um encontro da Família Moritz ocorrido no ano anterior. Meu marido Mathusa e Vitalis se questionaram: por que não realizar o mesmo com os Casiuch e seus descendentes - famílias pertencentes ao ramo de Avraham e Roise Kasjusz? Vitalis, com a eficiência de sempre, já tinha levantado a árvore genealógica da família e seus descendentes”, relembra Stella Casiuch, que perpetua o amor pela causa mesmo após o falecimento de seu marido.
Vitalis Moritz, um dos principais co-responsáveis pela organização do primeiro encontro que aconteceu em 1998 conta orgulhoso: “A idéia ganhou corpo e um dos seus grandes entusiastas, o nosso saudoso primo Jacques Wrona Z´L, na festa de casamento da minha sobrinha Kátia, em julho de 1997, arrancou de nós (de nosso primo Mathusalém Casiuch Z´L e de mim) a promessa de que organizaríamos realmente uma reunião da família”.


A Organização...

“O fato de contarmos com uma árvore genealógica que vinha sendo preparada e atualizada havia vários anos com a ajuda de muitos de nossos familiares, facilitou bastante”, explica Vitalis, que tomou o cuidado de salientar que a idéia teve o apoio entusiasmado de todos os primos, tanto da velha como da nova geração.

Assim, foram realizadas reuniões da Comissão Organizadora, em São Paulo e no Rio de Janeiro (onde está a maior parte da família), com a participação direta e ativa dos primos que representavam os descendentes dos vários netos de Avram e Roize (que passaram a ser denominados jocosamente de “cabeças de galho”) e dos mais jovens que desejavam cooperar com trabalho e idéias. O resultado foi a realização, praticamente um ano decorrido da promessa feita a Jacques, do I Encontro Internacional dos Descendentes de Avram e Roize Kasjusz, em Agosto de 1998, no Hotel Clube dos 500, exatamente no meio do caminho entre Rio e São Paulo. “A entusiástica adesão de todos ao Primeiro Encontro foi para nós mais gratificante que surpreendente. Mas confesso que não imaginávamos conseguir mobilizar parentes espalhados por tantos países, como ocorreu.”, comenta Vitalis.


As Gerações...

O 1º Encontro, em 1998, contou com a presença de cinco gerações: uma neta, bisnetos, trinetos, tetranetos e pentanetos de Roize e Avraham. Foi o único Encontro que contou com uma neta dos patriarcas, que veio a falecer alguns anos depois.
“Para alegria de todos, a primeira experiência vitoriosa culminou com a vinda da Tia Rosita, a única neta viva do nosso Patriarca, que veio do Chile unicamente para o encontro”, relembra Stella Casiuch, esposa de Mathuzalém.
Os demais Encontros contaram com a participação de quatro gerações, de bisnetos a pentanetos e assim deverá ser no próximo. “Mas, pelo andar da carruagem, muito em breve teremos novamente a presença de cinco gerações, já que os tetranetos rapidamente estão chegando à fase de constituírem sua família. E como sabemos, os descendentes Kasjusz são fiéis cumpridores da recomendação divina “Frutificai e Multiplicai” (Bereshit, 1:28)”, profetiza Vitalis.


A Continuidade...

A passagem do bastão da organização deste evento para a nova geração foi encarada desde o início como condição imprescindível para garantir a sua continuidade. E por isto, já ao final do 2º Encontro, ficou decidido que, para a organização do terceiro encontro, os “cabeças de galho” indicariam seus suplentes e se fariam acompanhar por eles nas reuniões organizadoras do evento seguinte.
Preocupante? “Não vou negar que sim - confessa Vitalis – Afinal, no mundo atual, sobra a cada um pouco tempo para desviar-se de sua rotina e dedicar-se, mesmo que parcialmente, a causas de interesse coletivo, ainda que sejam as de seu próprio clã. E pode ser que os mais jovens tenham outras prioridades para o uso de seu tempo, numa fase da vida em que buscam encontrar e consolidar o seu lugar na sociedade”, avalia Vitalis, que mantinha essa preocupação na época.
Mas esse pensamento mostrou não se aplicar aos muitos dos descendentes Kasjusz, que administraram suas prioridades e seu tempo de forma a poder organizar e administrar o IV Encontro, que foi um tremendo sucesso, conseqüência do excelente trabalho realizado pelos que receberam o bastão, e que com entusiasmo dedicaram sua capacidade e seu tempo disponível. O V Encontro, que ocorreu no último final de semana de agosto deste ano, consolidou de uma vez por todas o ritual da família.
De 1998 até os dias de hoje, o evento realmente tomou uma proporção inesperada. Oito anos depois, a geração mais jovem assumiu a organização com a sabedoria e consultoria dos mestres que iniciaram o projeto. “O que realmente nos surpreende é que nossa família tenha conseguido dar continuidade ao evento, mantendo a sua periodicidade e, sobretudo, o elevado número de participantes (mais que duas centenas em todos), como bem mostraram os Encontros subseqüentes e seguramente ocorrerá nos próximos”, comemora Vitalis Moritz.
Alberto Casiuch, filho mais velho do ramo Jayme Casiuch, concorda: “Estamos certos que a repetição deste evento virá por certo reafirmar que esta tradição se perpetuará em todos os anos futuros e que esta reunião seja cada vez mais alegre e que fortaleça nossa convivência familiar”
A arquiteta Elisa Rosenthal, 24, deu duro na organização do V Encontro Internacional. “A principal motivação para participar da organização deste encontro foi justamente ver minhas primas muito envolvidas na preparação do último evento. Aquela viagem, que antes era um final de semana de lazer, tinha organização, comissão e muita preocupação por traz de todas as atividades. Naquele momento eu estava terminando a faculdade e não pensava em participar desta forma. Neste encontro eu me senti na obrigação de colaborar. Esta é a minha família e todos querem ter a sensação que eu tive nos outros encontros, todos têm uma expectativa para este final de semana e poder participar disto é motivador.”, comenta Elisa. E reflete: “Ainda penso que muitos jovens encaram esse final de semana como uma obrigação de participar... talvez porque os anteriores não valorizassem tanto as atividades voltadas aos mais jovens, mas esta organização pensou muito nisso e queremos deixar todos ansiosos para o 6º encontro, já que o V Encontro foi um verdadeiro sucesso”, comemora.
O engenheiro civil Alexandre Casiuch Trope, outro importante organizador da nova geração, foi se envolvendo aos poucos. “Comecei ajudando meu avô na comunicação com nosso galho, em seguida participando da organização do torneio de tênis, e então nas atividades esportivas. No III Encontro, com o estímulo dos mais velhos em trazer as gerações mais novas, eu acabei me envolvendo de tal maneira nos preparativos para o IV Encontro, que me tornei seu organizador. O que mais me motivou e continua me motivando nesta participação é a consciência e a satisfação de estar fazendo algo muito importante para a família, além da possibilidade do contato com familiares que, se não fosse desta forma, eu certamente não teria conhecido.” – confessa Alexandre, de 31 anos e ressalta: “ A emoção que senti ao término do IV e V Encontro, não me deixa dúvidas sobre o quanto vale a pena participar.” E Isaac Catran, un dos organizadores do V Encontro complementa: “Foram momentos muitos felizes em que descobri que temos e somos muito mais que uma família. Somos uma irmandade, com sentimentos, emoções e desejos de divisão de dúvidas, de segredos, de aflições.... de alegrias, de participação e de sucesso. Assim que me sinto... irmanado”.

Para Eva Wrona, esposa de Jacques Wrona Z´L, o objetivo de seu marido, de manter e solidificar o relacionamento familiar, foi atingido: “Esses jovens estão fazendo a coisa acontecer, e isso mostra que tudo valeu a pena, porque a familia continua unida e ativa.”, comenta.
Nos encontros, Eva Wrona, juntamente com Rosa Goldmitch e Jacqueline Gasko, organiza tradicionalmente os chalot do Shabat e o chá da noite, com todos os “kichales” a que a família tem direito.


A Comunicação

A Comunicação é um dos pontos altos dos encontros. A família não poupou esforços e criatividade para utilizar os recursos tecnológicos a favor da união e dos registros.
Todos os encontros foram gravados em video e fotografados não apenas pelos participantes como também por profissionais especialmente contratados para o evento. Além disso, alguns membros da família criaram um site (www.familiak.com.br), com a memória dos encontros realizados, além de informações úteis.
No V Encontro, a equipe conseguiu disponiblizar um canal exclusivo nos quartos(Kanal K), que ficou continuamente mostrando videos dos 4 encontros anteriores, bem como algumas tomadas que ocorriam durante o encontro corrente. “Ouvi de diversas pessoas que a TVK era a primeira e última coisa que faziam em seus dias. Isso foi passado a mim de maneira indiscriminada, desde jovens até os medianos e os mais idosos. Fiquei muito feliz e emocionado em ver o interesse das pessoas de saber como foram outros eventos e, além do saudosismo das pessoas que já se foram, de poderem ver como as pessoas mudaram, não importando idade. Incrível que ouvi isso do meu filho, me dizendo que ele mesmo havia mudado...”, comenta Isaac Catran.
E-mails, revistas eletrônicas, folder genealógico, programação em português/inglês e banners também fazem parte do portifólio da família, que não mede esforços para motivar os participantes. Com o avanço tecnológico, os organizadores usaram e abusaram de reuniões coletivas via Skype, o que evitou muitas viagens ao Rio de Janeiro e São Paulo, integrando ainda mais a equipe.
Um capítulo à parte são os crachás: cada pessoa que chega recebe um crachá com o seu nome completo, cor que identifica o seu ramo (são 4 ramos)e uma lista de estrelas, identificando a qual geração pertence. Um tetraneto, por exemplo, possui 5 estrelas em seu crachá.
Na chegada, um Kit Boas Vindas espera os familiares nos quartos, composto por camiseta do encontro, programa, árvore genealógica, kipot e outras invenções, que se modificam a cada ano.
Rosane Berman, responsável pela execução do material de comunicação (banners, revista eletrônica e impressa, folder genealógico e programa) sintetizou a emoção de participar ao final do V Encontro:
“Não tenho palavras... o nó ainda está na garganta”.
E assim, a família ruma para o VI Encontro...


Lições e reflexões...

- Aprendi que o sentimento de união de família não é coisa privativa das gerações mais antigas, pois permeia também para as gerações mais novas. E aprendi mais: que é preciso ousar. Para poder inventar palavras como pentaneto, que não existe no dicionário da língua portuguesa. E em breve a Família K deverá ter que introduzir também o vocábulo hexaneto. (Vitaliz Moritz)

- Sempre me encantei com esses encontros, pois tive oportunidade de conhecer membros da família, até então desconhecidos para mim. É sempre emocionante e gratificante ver como estão promovendo e cultivando a semente lançada, agora pelos jovens descendentes de Avraham e Roise. (Stella Casiuch)

- Nessa minha curta experiência de vida, penso que o único
bem real que cada um possui é o tempo. Talvez, não exista tempo “perdido”, e sim diferenças nas prioridades de como utilizá-lo.
O meu, eu utilizo ao máximo para realizar coisas que supram minhas próprias expectativas, como, por exemplo, alimentar a cumplicidade consangüínea e judaíca de uma família. O que é uma hora de produção gráfica quando comparado à reunião de antepassados de tempos passados e de tempos por vir? Quanto tempo cada um usaria para resgatar e cultivar tradições de tantos tempos? O prazer de saber que todos que estão no encontro compartilham comigo a idéia de que o tempo lá investido é a melhor opção para utilizarmos nosso tempo nesses tempos, compensa.
(Priscila de Campos, 24, Publicitária e Empresária. Criadora do logotipo do V Encontro Internacional – 2006)

- Espero que os organizadores não deixem de se lembrar de reservar uma verba para doações a entidades beneficentes de nossa comunidade. (Vitalis Moritz)

- Que o nome e a lembrança de nossos antepassados esteja sempre em nossos corações (Alberto Casiuch)

- Eu acho que deve continuar esse encontro entre os jovens, senão vai cair no esquecimento, ninguém mais vai saber quem é quem”. (Eva Wrona)

- O encontro subsequente deve ser começado a ser planejado logo ao final do encontro corrente. Não se deve deixar pra depois. (Alexandre Trope, 31 anos, engenheiro)

- Aprendi que a palavra Tsedaká tem algo de mágico. É o único momento em que as pessoas querem pagar mais do que o que é cobrado. Isso mostra o real desejo que existe dentro do ser humano de ajudar.” (Deborah M. Dubner, 40 anos, psicóloga e jornalista)

- Devem estar envolvidos na organização todos os que queiram efetivamente colaborar, e entre eles devem estar obrigatoriamente incluídos membros de todos os ramos da família. (Vitalis Moritz)

ENCONTRO INTERNACIONAL DA FAMILIA KASJUSZ – DADOS GERAIS

Países que já participaram dos últimos 4 encontros
Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Portugal, França, Itália, Israel.

Número de participantes nos últimos 4 encontros
I Encontro (1998): 215 familiares
II Encontro (2000): 236 familiares
III Encontro (2002): 228 familiares
IV Encontro (2004): 246 familiares
V Encontro (2006): 200 participantes

Doações já realizadas (quais as entidades)
Lar da Criança Israelita Rosa Waisman, Lar da Velhice Israelita Religiosa do Rio de Janeiro, Sinagoga Beith Yaacov, Ten Yaad, Unibes